DEFENDENDO TERRITÓRIO INDÍGENA NA ÍNDIA
ÁREAS TEMÁTICAS: PRIVAÇÃO DE TERRA E DE MORADIA; ABUSO CORPORATIVO; INJUSTIÇA AMBIENTAL
Hazariya Torsingh é um agricultor adivasi do povoado de Roligaon em Madhya Pradesh. As autoridades governamentais e da Represa intimidaram, ameaçaram e pressionaram dezenas de famílias, inclusive a de Hazariya, a demolirem seus próprios lares no verão de 2017.
DESCRIÇÃO
A represa Sardar Sarovar é um projeto do governo da Índia e dos estados indianos de Gujarat, Maharashtra, Madhya Pradesh e Rajasthan que leva décadas em construção. O projeto teria como objetivo aproveitar as águas do quinto rio mais largo da Índia, o Narmada, para a geração de eletricidade e irrigação das terras agrícolas na região árida do oeste do país. Embora os promotores da represa tenham promulgado o potencial para o desenvolvimento econômico nacional e a redução da pobreza, os benefícios do projeto se distribuem de forma desigual, impondo sacrifícios às comunidades marginalizadas. Com a finalização da construção da represa Sardar Sarovar em 2017, milhares de famílias agora esperam a destruição de seus lares, terras e meios de vida, muitos deles sem a possibilidade de compensação ou reabilitação adequada.
o PAPEL DA REDe UNIVERSITáRIA
Em associação com a Narmada Bachao Andolan (NBA), uma organização de base com sede em Madhya Pradesh, a Rede Universitária e a Clínica de Direitos Humanos da Stanford publicaram um relatório e um vídeo (em inglês) que documentavam o deslocamento forçado e outros impactos da represa de Sardar Sarovar nos direitos humanos das comunidades indígenas adivasi que vivem ao longo do rio Narmada.
O relatório faz um pedido ao governo da Índia e para as autoridades das represas para que evitem que mais terras sejam submersas enquanto todas as famílias afetadas por represas recebam uma compensação total pela perda de suas terras e meios de subsistência, em conformidade com as obrigações legais nacionais e internacionais da Índia.
Os estudantes de graduação da Rede Universitária desenharam e desenvolveram uma estratégia de promoção para o projeto, concentrando-se nas empreas multinacionais que se beneficiam da represa. Usando tecnologia SIG, os estudantes mapearam as localidades das instalações corporativas ao longo do rio Narmada para identificar aquelas que recebem água das represas, investigaram as políticas e práticas de responsabilidade social corporativa dessas empresas e prepararam cartas para serem enviadas as mesmas acompanhando o relatório.