LUTANDO CONTRA O RACISMO AMBIENTAL NO LOUISIANA

ÁREAS TEMÁTICAS: INJUSTIÇA AMBIENTAL; ABUSO CORPORATIVO

DESCRIÇÃO

No Louisiana, ao longo do Rio Mississippi, entre Nova Orleans e Baton Rouge, região conhecida como “Corredor do Câncer” estão localizadas mais de 200 indústrias químicas e refinarias de petróleo responsáveis por emissões tóxicas que aflingem os residentes locais predominantemente afroamericanos.

Gloria Dumas, na foto, é membro do grupo da comunidade St. John the Baptist Parish que desde 2016 trabalha para reduzir as emissões de cloropreno das instalações de neopreno da Denka/DuPont.

Uma dessas comunidades dessa região, St.John the Baptist Parish está localizada adjascente a uma fábrica de neopreno de propriedade das corporações Denka y DuPont. Em 2016, depois que a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) revelou que os residentes da região mais próxima à fábrica da Denka/DuPont tinham o maior risco de desenvolver câncer por contaminação do ar em todo o país, os membros da comunidade fundaram a organização Cidadãos Preocupados de St. John the Baptist Parish. Essa organização continua exigindo que as instalações da Denka/DuPont reduzam o nível de emissões de cloropreno, substância tóxica identificado como “provável agente cancerígeno” pela EPA, a nível máximo de 0.2 microgramas por

metro cúbico de emissões sendo que esse nível ainda estaria superior ao  nível máximo aceitável pela EPA que prevê o risco de câncer pela contaminação do ar.

O PAPEL DA REDE UNIVERSITÁRIA

Depois de uma intensa colaboração com o grupo Cidadãos Preocupados de St John the Baptist Parish para determinar o curso de ação mais eficaz, uma equipe de quatorze estudantes universitários da Stanford viajou para a região da indústria petroquímica da Denka/DuPont e levou a cabo uma pesquisa sobre saúde em centenas de domicílios durante nove dias. Os estudantes entrevistaram os habitantes para documentar taxas de câncer, problemas nas vias respiratórias e outros efeitos na saúde dos residentes por causa das emissões da indústria. Durante o ano seguinte, os consultores de pesquisa e a equipe da Rede Universitária analisaram dados recompilados na pesquisa de saúde.

Em julho de 2019, a Rede Universitária publicou os resultados (em inglês) da pesquisa de saúde junto com um vídeo e um site com narrativas de mais de vinte habitantes da região que tratavam do assunto com suas próprias palavras